1985

  • Em 28 de agosto, Radamés depõe para o Ciclo Personalidades, do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Presentes o pesquisador e escritor Jairo Severiano (coordenador do depoimento), o percussionista Luciano Perrone, o compositor e pianista Tom Jobim, o poeta e compositor Hermínio Bello de Carvalho, o violonista Manoel da Conceição,  os músicos Sérgio Saraceni e Aluisio Didier e a represetante do MIS, Elizabeth Formagini.

 

  • Radamés apresenta-se no I Free-Jazz Festival como pianista, compositor e arranjador, com o bandolinista Joel Nascimento e a Camerata Carioca [1], no Teatro do Hotel Nacional, Rio de Janeiro.

 

Jornal do Brasil (RJ) > ‘Radamés deixa a platéia em emoção plena’. Por João Máximo’.

Jornal do Brasil, 06/08/1985.

 

  • Antecipam-se as comemorações dos 80 anos de Radamés.  A Funarte prepara, no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, um concerto em homenagem ao compositor, Grande Gala Radamés – 80, com lançamento do livro Radamés Gnattali – o eterno experimentador [2], de Valdinha Barbosa e Anne Marie Devos, contendo biografia e o primeiro catálogo impresso de obras de concerto e de música popular  do maestro.

 

  • Radamés, em plena atividade, aos 79 anos, assina os arranjos e a direção musical do álbum duplo do compositor e cantor Dorival Caymmi: Caymmi – Som, imagem, magia, lançado pela Sargaço Produções Artísticas, para a Fundação Emílio Odebrecht. Participação da Camerata Carioca [3] e orquestra de cordas dirigida pelo maestro Alexandre Gnattali.

 

Radamés, ao piano, ensaiando com Dorival Caymmi.
Foto: Claus Meyer / Josemar Ferrari

 

  • A Funarte lança o elepê Radamés Gnattali e um caderno de partituras com composições e arranjos do maestro. O disco conta com a participação de vários compositores e intérpretes, amigos de Radamés: Tom Jobim, Paulinho da Viola, José Menezes, Chiquinho do Acordeom, e os grupos Camerata Carioca [4]  e Brasil Quarteto.  O texto  de apresentação é de  Hermínio Bello de Carvalho e a produção artística de Joaquim Santos.

 

  • O selo Libertas lança o elepê Radamés Gnattali, de piano solo, em que o intérprete revisita, em arranjos extraordinários, clássicos populares da música brasileira, como Carinhoso Cochicho, de Pixinguinha; Chovendo na Roseira Corcovado, de Tom Jobim; Ponteio, de Edu Lobo e Capinan, entre outros.

 

Poema de Tom Jobim dedicado ao amigo Radamés
(Contracapa do elepê Radamés Gnattali)

  • Turíbio Santos grava na França, para Editions Costallat, a Brasiliana nº 13 (1983), de Radamés Gnattali, dedicada ao violonista.

 

  • Radamés compõe:
    • Concerto para bandolim e orquestra de cordas, dedicado ao bandolinista Joel Nascimento.
    • Pequena suíte para violão  dedicada ao violonista Turíbio Santos
    • Retratos para piano e orquestra de câmara (do original para bandolim, com conjunto de choro e orquestra de cordas, de 1956)
    • Sonatina coreográfica para quarteto de violões (do original para piano solo, de 1950) – “dedicado à Turíbio Santos e sua orquestra de violões”
    • Suíte Brasileira – para piano e três violões – dedicada ao Trio Opus 12, (transcrito da Suíte para pequena orquestra, de 1940)

 

  • É realizado, em Jacarepaguá, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, a 1ª edição do Rock in Rio.  O maior evento do gênero, no Brasil.

 

  • Fim do regime militar. Tancredo de Almeida Neves é o primeiro civil eleito presidente da  república, ainda pelo voto indireto, mas com apoio popular, após 5 presidentes militares.  Adoece repentinamente e morre antes de tomar posse, assumindo o vice-presidente, José Sarney.

 

  • Mikhail Gorbatchov, líder da União Soviética, dá início à perestroika (reestruturação econômica) e à glasnost (transparência política).

[1] [3] [4] Para Camerata Carioca consulte o Glossário.

[2] Monografia vencedora do concurso promovido pela Divisão de Música Popular do Instituto Nacional de Música da Funarte, publicada em livro em 1984, Rio de Janeiro.