1983

  • Radamés é agraciado com o Prêmio Shell para a Música Brasileira, de música erudita, em concerto realizado dia 31 de agosto, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, para 2500 convidados. Radamés apresenta-se com a Orquestra Sinfônica do Prêmio Shell, sob a regência do maestro Mário Tavares. Nesse evento, acontece a estréia mundial do Concerto n.º 3 (seresteiro) para piano, conjunto regional e orquestra, tendo como solistas a Camerata Carioca [1] e o autor ao piano; também, em primeira audição mundial, o Concerto n° 3 para dois violões com orquestra de cordas, flauta e tímpanos (1957/1981), com o Duo Assad. Completam o programa, a Sinfonia popular nº 1 (1956), regida por Radamés, e o Concerto Romântico para piano e orquestra (1949), tendo como solista, o autor.

 

Radamés regendo a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na noite em que foi homenageado com a entrega do Prêmio Shell de Música Brasileira de 1983.
Foto: arquivo Radamés Gnattali

 

Radamés rege a Orquestra Sinfônica do
Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Jornal do Brasil (RJ), 31/08/1983 > “O concerto é meu, eu escolho” (Prêmio Shell). Por Diana Aragão

 

 

Jornal do Brasil (RJ), 03/09/1983 > Luiz Paulo Horta.
  • Durante uma série de eventos em memória aos 10 anos de morte de Pixinguinha, o maestro Radamés Gnattali, a cantora Elizeth Cardoso e a Camerata Carioca [2] apresentam, na Sala Funarte-Sidney Miller, no Rio de Janeiro, o recital Uma rosa para Pixinguinha, produzido por Hermínio Bello de Carvalho. Ainda neste ano, o repertório do espetáculo é lançado em disco pela Funarte.

 

  • Radamés assina a sua última participação em cinema no filme Perdoa-me por me traíres, de Braz Chediak, em co-direção musical com Roberto Gnattali. O filme, sobre história original de Nelson Rodrigues, é estrelado por Vera Fisher, Nuno Leal Maia, Rubens Correa e Lídia Brondi, com música-tema, Mil perdões, de Chico Buarque de Holanda.

 

  • Radamés compõe:
    •  Brasiliana n° 13 para violão – dedicada a Turíbio Santos
    • Concerto nº 3 (Seresteiro) para piano, Camerata Carioca [3] e grande orquestra (do original para piano e orquestra, de 1961)
    • Divertimento a três para violino, viola e violoncelo – dedicado a Nelson de Macedo
    • Quarteto nº 1 para quarteto de violões (do original para quarteto de cordas, de 1939)
    • Sinfonia popular nº 5 para grande orquestra (finalizada em 1984)
    • Sonata para dois violões com terceiro violão opcional (do original para violoncelo e violão, de 1969)
    • Variações sem tema para cavaquinho e piano – obra dedicada à cavaquinhista Luciana Rabello.

 

  • Morre, no Rio de Janeiro, RJ, um dos maiores amigos e companheiros de Radamés, de toda a sua carreira profissional, o violoncelista Iberê Gomes Grosso, concertista, membro da Academia Brasileira de Música, professor catedrático da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

 

  • A crise econômica brasileira agrava a situação de vida das classes populares e diversos supermercados são saqueados em todo o país.

 

  • É fundada a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

[1] [2] [3] Para Camerata Carioca, consulte o Glossário.