1952

  • Em 4 de outubro, realiza-se no Rio de Janeiro o Festival Radamés Gnattali como parte do Festival de Obras Camerísticas nº 1 no auditório do Ministério da Educação e Saúde. No programa constam duas obras para violoncelo e piano: Sonata [nº 1] (1935) e Modinha e Baião (1952), ambas interpretadas por Iberê Gomes Grosso (violoncelo) e Radamés (piano). É apresentado, ainda, o Concertino nº 2 para violão e piano (1951), executado por Aníbal Augusto Sardinha (violão) e Radamés (piano).

 

 

  • A gravadora Continental lança, de Radamés Gnattali, os choros Pé ante pé Amigo Pedro, com Vero e seu Conjunto [1], formado por Radamés (piano), Sandoval Dias (saxofone tenor), José Menezes (violão elétrico), Pedro Vidal (contrabaixo).

 

  • Radamés assina a direção musical, trilha original e arranjos  do filme Tico-Tico no Fubá, de Adolfo Celi, estrelado por Tônia Carrero e Anselmo Duarte. A sequência final do filme, chamada Apoteose, com duração de 4 minutos, é um tema com variações sobre a famosa música de Zequinha de Abreu, que dá nome ao filme. As mãos que aparecem no filme, ao piano, são de Radamés.

 

  • A gravadora Todamérica lança para o Natal um álbum duplo com a história infantil Como nasceu Jesus, poema de Antonio Almeida e Mario Faccini, musicado por Radamés, com orquestra e coro da Rádio Nacional. Veja anúncio no jornal  Ultima Hora (RJ) de 04/12.

 

  • Radamés compõe:
    • Fantasia brasileira nº 2 –  para trompete, piano, bateria e orquestra de cordas – dedicada ao trompetista Marino Pissiali, integrante da orquestra da Rádio Nacional.
    • Modinha e baião – para violoncelo e piano
    • Sonatina coreográfica (Quatro movimentos dançantes) para grande orquestra [2] – (do original para piano, de 1950).

 

  • Morre, aos 54 anos, o cantor Francisco Alves, o “Rei da voz”, em um desastre de automóvel na rodovia Rio – São Paulo.

 

  • É lançada a revista Manchete, dirigida por Adolfo Bloch.

[1] Vero foi o pseudônimo adotado por Radamés (inspirado no nome da esposa, Vera) para atuar na área de música popular. Recurso utilizado por músicos eruditos da época para esconder a verdadeira identidade.