1917

  • Nasce, em Miracatu (SP), o violonista e compositor Laurindo Almeida, a quem Radamés dedica várias obras, entre as quais o Concerto nº 4 para violão e orquestra [1], de 1967.

Radamés e Laurindo, na década de 1940.

  • Em fevereiro, a Original Dixieland Jazz Band (ODJB) realiza sua primeira gravação nos Estados Unidos; é o primeiro disco gravado por um grupo de jazz.
  • Casa Edison, do Rio de Janeiro, primeira gravadora do Brasil, lança o polêmico samba Pelo Telefone[2], registrado por Donga (Ernesto Joaquim Maria dos Santos, 1890-1974), gravado pelo cantor Baiano[3]. Estrutura-se o samba como gênero, ainda bastante calcado nas células rítmicas sincopadas do maxixe.
  • Greve operária em São Paulo, promovida pelos anarquistas. Esse movimento foi a primeira grande manifestação trabalhista no Brasil e se espalhou por várias cidades, como Curitiba e Rio de Janeiro.
  • Ano decisivo para a Primeira Guerra Mundial: os Estados Unidos entram oficialmente no conflito. A Rússia se retira para fazer a sua própria revolução. Lênin assume o poder e anuncia a vitória da Revolução Russa.

[1] O subtítulo “Concerto à brasileira” atribuído a este concerto, não tinha a simpatia, nem a aprovação de Radamés.

[2] Posteriormente, foi registrada a parceria do jornalista Mauro de Almeida, o chamado “Peru dos pés frios”. Outros compositores também reivindicaram parceria no samba, como Sinhô.  O Samba Pelo Telefone é considerado, por alguns historiadores, o primeiro samba gravado e, por outros, o primeiro samba gravado a fazer sucesso no período de carnaval.

[3] Baiano (Manoel Pedro dos Santos, 1870-1944) foi o cantor que, em 1902, gravou para a Casa Edison o primeiro disco lançado no Brasil, registrando o lundu Isto é bom, de Xisto Bahia.