1915

  • Aos nove anos, Radamés é condecorado pelo cônsul da Itália, com direito a diploma e medalha, por sua atuação como regente e arranjador de uma pequena orquestra infantil, na Sociedade dos Italianos, em Porto Alegre.

“Minha mãe contava que as crianças foram parando de tocar, uma a uma, porque os arranjinhos não eram lá muito fáceis. Radamés foi ficando nervoso, mas continuou tocando até o fim, foi o único que não parou”, relembrava Aída, sua irmã.

  • Nasce, em São Paulo (SP), o compositor e multi-instrumentista de cordas dedilhadas, Garoto (Aníbal Augusto Sardinha), a quem Radamés dedica, em 1951, o Concertino nº 2 para violão e orquestra.

Concertino nº 2 para violão e orquestra
(redução da parte da orquestra para piano)

 

  • Nasce, no Rio de Janeiro (RJ), o cantor Orlando Silva (Orlando Garcia da Silva, 1915-1978), “o cantor das multidões”, considerado pela crítica especializada o maior cantor brasileiro de música popular de todos os tempos [1].
  • A marcha Ai, Filomena (J. Carvalho Bulhões), é lançada pelo cantor Baiano (Manuel Pedro dos Santos). Sucesso do carnaval deste ano, a canção é uma gozação com o presidente Hermes da Fonseca, tido como um tipo azarado, apelidado pelo povo de “seu Dudu”.

[1] Segundo Radamés, Orlando foi o primeiro cantor a lhe pedir que escrevesse um arranjo com orquestra de cordas. “Depois disso, todo mundo na Rádio Nacional começou a pedir arranjo com cordas”, contava o maestro.