RITMO DE SAMBA NA CIDADE, para orquestra (Luciano Perrone)
Arranjo e regência: Radamés Gnattali
Formação da orquestra: 2 saxofones altos, 2 saxofones tenores, saxofone barítono, 3 trompetes, 2 trombones, bateria, violão, piano, contrabaixo.
Em 04/01/1938 deu-se a estreia do Programa Palmolive (patrocínio da empresa americana Palmolive-Colgate Co.), com participação da Orquestra Carioca, dirigida por Radamés, executando, entre outros números, o RITMO DE SAMBA NA CIDADE, nas palavras do articulista, “tema de Luciano Perrone, estilizado por Gnattali. Orquestração nova e nova utilização de compassos melódicos nativos, essa forma musical inédita (…)”.
Fonte: A Noite, de 04/05/1938
Este samba nasceu da sugestão de Perrone para que Radamés experimentasse escrever o ritmo batucado do samba nos metais, em lugar do que se fazia à época, ou seja, após o tutti da introdução, sopros e/ou cordas assumiam, praticamente, a função de cama harmônica e algum contraponto à voz do cantor(a). Para ilustrar sua sugestão, Perrone apresenta a Radamés o tema de Ritmo de samba na cidade com a ideia de colocar a “levada” do samba nos saxofones, trompetes e trombones permitindo, com isso, enxugar o naipe de percussão e seu protagonismo nos arranjos. Protagonismo esse que, segundo Perrone, funcionava bem em disco mas não ao vivo, no auditório.