1905-1910 | 1911-1920 | 1921-1930 | 1931-1940 | 1941-1950 | 1951-1960 | 1961-1970 | 1971-1980 | 1981-1990 | 1991-2000 | 2001-2010 | 2011-2020

1981
- O projeto Seis e meia do Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, apresenta um espetáculo reunindo Radamés Gnattali, Joel Nascimento e a cantora Zezé Gonzaga, com acompanhamento da Camerata Carioca [1].
O Globo (RJ), 19/01/1981 - Radamés Gnattali, o bandolinista Joel Nascimento e a Camerata Carioca [2] apresentam o show Vivaldi e Pixinguinha, roteirizado e dirigido por Hermínio Bello de Carvalho, na Sala Guiomar Novaes, da Funarte, no Rio de Janeiro (RJ), e no Teatro Guaíra, em Curitiba (PR).
- Em 23 de novembro realiza-se no Teatro João Caetano, o lançamento do Prêmio Shell para a Música Brasileira, com o concerto Sempre Pixinguinha, em homenagem ao compositor Alfredo da Rocha Vianna Filho (Pixinguinha). Participação de Radamés Gnattali (piano, arranjos, regência), Joel Nascimento (bandolim), Camerata Carioca [3] e orquestra.
- Radamés assina a direção musical e arranjos do filme Eles não usam black- tie, de Leon Hirsman, com roteiro de Gianfrancesco Guarnieri e Hirszman, e música-terma de Adoniran Barbosa e Guarnieri, “Nóis não usa blequetais”.
- Radamés compõe:
- Brasiliana nº 8 para dois violões (do original para dois pianos, de 1956) – dedicada ao Duo Assad
- Brasiliana nº 8 para grande orquestra (do original para dois pianos, de 1956)
- Concerto nº 3 para dois violões, com flauta, tímpanos e orquestra de cordas (do original para violão e orquestra, de 1957) – dedicado aos Irmãos Assad.
- Retratos para Camerata Carioca [4], com orquestra de cordas, bells e tímpanos (do original para bandolim, com conjunto de choro e orquestra de cordas, de 1956/57)
- Retratos para dois violões (do original para bandolim, com conjunto de choro e orquestra de cordas, de 1956/57)
- Tocata em ritmo de samba nº 2 para violão solo – dedicada ao violonista, compositor e arranjador Waltel Branco (1929-2018).
- Tocata em ritmo de samba nº 2 para a Camerata Carioca [5] (bandolim, cavaquinho, 2 violões, violão 7 cordas, pandeiro)
- Tocata em ritmo de samba nº 2 para dois violões – versão dedicada ao Duo Assad
- Trio para bandolim e dois violões // Sexteto, para bandolim, cavaquinho, 2 violões, violão 7 cordas, pandeiro (ampliação do Trio para bandolim e 2 violões) [6].
- No Rio de Janeiro, militantes de extrema-direita, contra a abertura política promovida pelo governo, promovem um atentado terrorista a bomba no centro de convenções Riocentro, durante a realização de um show de música popular em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho.
- O presidente dos EUA, Ronald Reagan, sofre um atentado em Washington (DC-EUA).
- O papa João Paulo II sofre um atentado na Praça de São Pedro, no Vaticano.
- O time do Flamengo, em Tóquio, sagra-se Campeão Mundial de Futebol de Clubes.
- [1] [2] [3] [4] [5] Para Camerata Carioca consulte o Glossário.
- [6] Radamés compôs, posteriormente, um complemento opcional de cavaquinho, violão 7 cordas e pandeiro para ser executado com o Trio, ampliando-o para sexteto, a formação da Camerata Carioca.
1982
- A Funarte lança o elepê Vivaldi e Pixinguinha, produzido por Hermínio Bello de Carvalho, com Radamés Gnattali, Joel Nascimento e a Camerata Carioca [1], interpretando obras de Pixinguinha e o Concerto Grosso op. 3 nº 11 (Estro armonico) de Antonio Vivaldi, em transcrição de Radamés para cravo, bandolim, cavaquinho, dois violões e violão 7 cordas.
- Ainda pelo selo Funarte, é lançado o elepê Tributo a Garoto, apresentando o duo Raphael Rabello (violão) e Radamés Gnattali (piano) interpretando músicas do homenageado e uma transcrição, para violão e piano, do Concertino nº 2 para violão e orquestra, que Radamés dedicou a Garoto (Aníbal Augusto Sardinha) em 1951.
Radamés e Raphael Foto: Wilton Montenegro Concertino nº 2 para violão e orquestra (redução da orquestra para piano)
I – Allegro (trecho)
Raphael Rabello, violão
Radamés Gnattali, piano
Funarte – PA-82001 (1982)- Em 24 de novembro realiza-se na Sala Cecília Meireles o concerto de entrega do Prêmio Shell para a Música Brasileira ao compositor e pianista Antonio Carlos Jobim. Participação da cantora Olivia Byington e do violonista Raphael Rabello. Tom Jobim apresenta o choro inédito “Meu amigo Radamés”, tocando em duo de pianos com Radamés Gnattali, que assina os arranjos e a direção musical do concerto.
- Radamés compõe:
- Canção e dança para contrabaixo e orquestra de cordas (do original para contrabaixo e piano, de 1934) – transcrição solicitada pelo contrabaixista Sandrino Santoro e a este dedicada.
- Concerto para acordeom, com acompanhamento de bandolim, cavaquinho, piano, duas tamboras, dois violões, violão 7 cordas e orquestra de cordas (do original para acordeom e orquestra de cordas, de 1977)
- Sonatina coreográfica (Quatro movimentos dançantes) para flauta, piano, bateria e contrabaixo (do original para piano, de 1950)
- Suíte Brasileira para a Camerata Carioca [2] (flauta, piano, percussão, bandolim, cavaquinho, 2 violões, violão 7 cordas) (transcrição da Suíte para pequena orquestra, de 1940)
- Em 15 de novembro, após 17 anos, realizam-se, em todo o país, eleições diretas para governadores, deputados federais, e estaduais e vereadores.
- É lançado, no Japão, o primeiro CD (Compact Disc), gravado com tecnologia digital a laser.
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- [1] [2] Para Camerata Carioca, consulte o Glossário.
1983
- Radamés é agraciado com o Prêmio Shell para a Música Brasileira, de música erudita, em concerto realizado dia 31 de agosto, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, para 2500 convidados. Radamés apresenta-se com a Orquestra Sinfônica do Prêmio Shell, sob a regência do maestro Mário Tavares. Nesse evento, acontece a estréia mundial do Concerto n.º 3 (seresteiro) para piano, conjunto regional e orquestra, tendo como solistas a Camerata Carioca [1] e o autor ao piano; também, em primeira audição mundial, o Concerto n° 3 para dois violões com orquestra de cordas, flauta e tímpanos (1957/1981), com o Duo Assad. Completam o programa, a Sinfonia popular nº 1 (1956), regida por Radamés, e o Concerto romântico para piano e orquestra (1949), tendo como solista, o autor.
Radamés rege a Orquestra Sinfônica do
Theatro Municipal do Rio de JaneiroJornal do Brasil (RJ), 31/08/1983 > Diana Aragão. Jornal do Brasil (RJ), 03/09/1983 > Luiz Paulo Horta. - Durante uma série de eventos em memória aos 10 anos de morte de Pixinguinha, o maestro Radamés Gnattali, a cantora Elizeth Cardoso e a Camerata Carioca [2] apresentam, na Sala Funarte-Sidney Miller, no Rio de Janeiro, o recital Uma Rosa para Pixinguinha, produzido por Hermínio Bello de Carvalho. Ainda neste ano, o repertório do espetáculo é lançado em disco pela Funarte.
- Radamés assina a sua última participação em cinema no filme Perdoa-me por me traíres, de Braz Chediak, em co-direção musical com Roberto Gnattali. O filme, sobre história original de Nelson Rodrigues, é estrelado por Vera Fisher, Nuno Leal Maia, Rubens Correa e Lídia Brondi, com música-tema, Mil perdões, de Chico Buarque.
- Radamés compõe:
- Brasiliana n° 13 para violão – dedicada a Turíbio Santos
- Concerto nº 3 (Seresteiro) para piano, Camerata Carioca [3] e grande orquestra (do original para piano e orquestra, de 1961)
- Divertimento a três para violino, viola e violoncelo – dedicado a Nelson de Macedo
- Quarteto nº 1 para quarteto de violões (do original para quarteto de cordas, de 1939)
- Sinfonia popular nº 5 para grande orquestra (finalizada em 1984)
- Sonata para dois violões com terceiro violão opcional (do original para violoncelo e violão, de 1969)
- Variações sem tema para cavaquinho e piano – obra dedicada à cavaquinhista Luciana Rabello.
- Morre, no Rio de Janeiro, RJ, um dos maiores amigos e companheiros de Radamés, de toda a sua carreira profissional, o violoncelista Iberê Gomes Grosso, concertista, membro da Academia Brasileira de Música, professor catedrático da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
- A crise econômica brasileira agrava a situação de vida das classes populares e diversos supermercados são saqueados em todo o país.
- É fundada a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
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- [1] [2] [3] Para Camerata Carioca, consulte o Glossário.
1984
- O primeiro concerto do VII Panorama da Música Brasileira Atual apresenta, na Sala Leopoldo Miguez, da Escola de Música da UFRJ, o duo Radamés Gnattali (piano) e Raphael Rabello (violão) interpretando, de Radamés, entre outras peças, o Concertino nº 2 para violão e piano (1951) e Noturnos para quarteto de cordas e piano (1958), com a participação do Quarteto de Cordas da UFRJ, tendo ao piano o autor.
Raphael Rabello e Radamés Gnattali. - Os violonistas Sérgio e Odair Assad gravam e lançam, na França, pela GHA (coleção Guitare d’hier et d’aujourd’hui”), o Lp Gnattali, Piazzolla, Rodrigo, incluindo as seguintes obras de Radamés: Valsa e Corta-jaca (dois movimentos da suíte Retratos, do original para bandolim, conjunto de choro e orquestra de cordas, de 1956/57) e Brasiliana nº 8, (do original para dois pianos, de 1956). Lançado em LP no Brasil pelo selo Com Anima, SP, 1988.
- Radamés participa do lançamento do Primeiro Pavilhão Nacional do Samba, no Rio de Janeiro, entre os dias 29/11 e 02/12. Entre os participantes, Beth Carvalho, Paulino da Viola, Tom Jobim, Dona Ivone Lara, Alcione, João Nogueira, Roberto Ribeiro, Francis Hime e o maestro Nelsinho, regendo uma orquestra de 35 figuras.
- Radamés compõe:
- Trio nº 3 para piano, violino e violoncelo
- Realiza-se, em São Paulo (SP), comício do movimento Diretas já, reunindo milhares de pessoas que reivindicam a volta de eleições diretas para presidente da República.
1985
- Em 28 de agosto, Radamés depõe para o Ciclo Personalidades, do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Presentes o pesquisador e escritor Jairo Severiano (coordenador do depoimento), o percussionista Luciano Perrone, o compositor e pianista Tom Jobim, o poeta e compositor Hermínio Bello de Carvalho, o violonista Manoel da Conceição, os músicos Sérgio Saraceni e Aluisio Didier e a represetante do MIS, Elizabeth Formagini.
- Radamés apresenta-se no I Free-Jazz Festival como pianista, compositor e arranjador, com o bandolinista Joel Nascimento e a Camerata Carioca [1], no Teatro do Hotel Nacional, Rio de Janeiro.
Jornal do Brasil, 06/08/1985.
- Antecipam-se as comemorações dos 80 anos de Radamés. A Funarte prepara, no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, um concerto em homenagem ao compositor, Grande Gala Radamés – 80, com lançamento do livro Radamés Gnattali – o eterno experimentador [2], de Valdinha Barbosa e Anne Marie Devos, contendo biografia e o primeiro catálogo impresso de obras de concerto e de música popular do maestro.
- Radamés, em plena atividade, aos 79 anos, assina os arranjos e a direção musical do álbum duplo do compositor e cantor Dorival Caymmi: Caymmi – Som, imagem, magia, lançado pela Sargaço Produções Artísticas, para a Fundação Emílio Odebrecht. Participação da Camerata Carioca [3] e orquestra de cordas dirigida pelo maestro Alexandre Gnattali.
Radamés, ao piano, ensaiando com Dorival Caymmi.
Foto: Claus Meyer / Josemar Ferrari- A Funarte lança o elepê Radamés Gnattali e um caderno de partituras com composições e arranjos do maestro. O disco conta com a participação de vários compositores e intérpretes, amigos de Radamés: Tom Jobim, Paulinho da Viola, José Menezes, Chiquinho do Acordeom, e os grupos Camerata Carioca [4] e Brasil Quarteto. O texto de apresentação é de Hermínio Bello de Carvalho e a produção artística de Joaquim Santos.
- O selo Libertas lança o elepê Radamés Gnattali, de piano solo, em que o intérprete revisita, em arranjos extraordinários, clássicos populares da música brasileira, como Carinhoso e Cochicho, de Pixinguinha; Chovendo na Roseira e Corcovado, de Tom Jobim; Ponteio, de Edu Lobo e Capinan, entre outros.
Poema de Tom Jobim dedicado ao amigo Radamés
(Contracapa do elepê Radamés Gnattali)- Turíbio Santos grava na França, para Editions Costallat, a Brasiliana nº 13 (1983), de Radamés Gnattali, dedicada ao violonista.
- Radamés compõe:
- Concerto para bandolim e orquestra de cordas, dedicado ao bandolinista Joel Nascimento.
- Pequena suíte para violão – dedicada a Turíbio Santos
- Retratos para piano e orquestra de câmara (do original para bandolim, com conjunto de choro e orquestra de cordas, de 1956)
- Sonatina coreográfica para quarteto de violões (do original para piano solo, de 1950) – “dedicado à Turíbio Santos e sua orquestra de violões”
- Suíte Brasileira – para piano e três violões – dedicada ao Trio Opus 12, (transcrito da Suíte para pequena orquestra, de 1940)
- É realizado, em Jacarepaguá, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, a 1ª edição do Rock in Rio. O maior evento do gênero, no Brasil.
- Fim do regime militar. Tancredo de Almeida Neves é o primeiro civil eleito presidente da república, ainda pelo voto indireto, mas com apoio popular, após 5 presidentes militares. Adoece repentinamente e morre antes de tomar posse, assumindo o vice-presidente, José Sarney.
- Mikhail Gorbatchov, líder da União Soviética, dá início à perestroika (reestruturação econômica) e à glasnost (transparência política).
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- [1] [3] [4] Para Camerata Carioca consulte o Glossário.
- [2] Monografia vencedora do concurso promovido pela Divisão de Música Popular do Instituto Nacional de Música da Funarte, publicada em livro em 1984, Rio de Janeiro.
1986
- No início de 1986, pouco antes de completar 80 anos, Radamés sofre um grave acidente vascular cerebral. Os meses que se seguem são de intensa terapia para a sua reabilitação. Aluno aplicado, Radamés recupera pouco a pouco parte dos movimentos, o domínio da fala e da escrita. Por volta de outubro, o maestro já estuda várias horas de piano por dia, obtendo um progresso surpreendente. Os integrantes do Sexteto Radamés Gnattali [1] se animam, começam os preparativos para o concerto que marcaria o retorno do companheiro. No entanto o que todos temiam volta a acontecer. No final desse ano, Radamés sofre um segundo acidente vascular, de conseqüências muito mais sérias.
- Radamés é homenageado em sessão especial no MAM (Museu de Arte Moderna) pelo seu 80º aniversário. Acamado, Radamés não pode comparecer. Participam da homenagem os músicos: Clara Sverner, Joel Nascimento, Paulo Moura, Laís de Souza Brasil, Lenir Siqueira, Paulinho da Viola, Chiquinho do Acordeom, Claudia Savaget, Aluísio Didier, Luiz Otávio Braga, Maurício Carrilho, entre outros.
Jornal do Brasil (RJ), 29/01/1986 > A noite de Radamés. Por Luiz Paulo Horta - Durante um concerto na capital paulista, a Câmara Municipal de São Paulo faz uma homenagem aos 80 anos de Radamés, oferecendo-lhe uma medalha e o título de Cidadão Emérito da cidade.
- Em 14 de maio, realiza-se no Teatro São Pedro de Porto Alegre (RS), com patrocínio da BASF, um concerto em homenagem aos 80 anos de dois compositores brasileiros: Radamés Gnattali e Waldemar Henrique. De Radamés são apresentados, em primeira audição, o Concerto para bandolim e orquestra de cordas (1985), tendo Joel Nascimento como solista (a quem a obra foi dedicada), e a Suíte Antiga para cordas (1973), com a Orquestra de Câmara de Blumenau, sob a regência de Norton Morozowicz. Nesse mesmo ano a empresa patrocinadora lança o 6ª volume da série dos Discos de Cultura da BASF: “80 anos de música brasileira“. No repertórioas, as obras executadas no concerto.
O Globo (RJ), 26/06/1986 >
Por Zito Baptista Filho- Em decreto de 24 de junho, o Governador do Estado do Rio Grande do Sul concede a Radamés Gnattali a Medalha Simões Lopes Neto como “reconhecimento da comunidade sul-rio-grandense aos cidadãos que se hajam destacado por sua excepcional atuação no campo da cultura, das artes, das letras, das ciências, (…).”
- Radamés Gnattali é homenageado no programa Contraluz, da TVE, (gravado em 1985), dirigido e apresentado por Hermínio Bello de Carvalho. No trecho a seguir, com a participação do Quinteto Radamés Gnattali [2].
- É criada, no Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica Petrobras Pró-Música (atual Orquestra Petrobras Sinfônica), fundada pelo maestro Armando Prazeres, seu regente titular e diretor artístico até 1999.
- Morre, no Rio de Janeiro (RJ), aos 88 anos, o compositor, pianista e maestro Francisco Mignone, um dos maiores nomes da música erudita brasileira, do século XX.
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- [1] Para Sexteto Radamés Gnattali, consulte o Glossário.
- [2] Para Quinteto Radamés Gnattali, consulte o Glossário.
1987
- O estado de saúde de Radamés é grave e não apresenta melhoras.
- A Orquestra de Câmara de Blumenau (SC), sob a regência de Norton Morrozowicz, em turnê por cidades brasileiras, apresenta-se no Rio de Janeiro, na Sala Cecília Meireles, no dia 08/05, executando em primeira audição o Concerto para orquestra de cordas (1971/73) de Radamés Gnattali.
- No dia 29/05 o violonista Raphael Rabello apresenta, na Sala Cecília Meirelles (RJ), um programa exclusivo com composições e arranjos de Radamés Gnattali. Participam como músicos convidados o contrabaixista Horondino Silva (Dininho) e a pianista Sonia Maira Vieira.
- O selo Visom lança o elepê Raphael Rabello interpreta Radamés Gnattali, com as obras Brasiliana nº 13 (1983), Tocata em ritmo de samba I (1950) e Tocata em ritmo de samba II (1981), Dança Brasileira (1958) e os Estudos I, V e VII (1967).
- A Funarte/BASF lança o elepê Radamés Gnattali e Waldemar Henrique, apresentando, de Radamés, o Concerto para bandolim e orquestra de cordas (1985), com solo de Joel Nascimento, e a Suíte antiga para cordas (1973), ambas com a Orquestra de Câmara de Blumenau, sob a direção do maestro Norton Morozowicz.
- O violonista Turíbio Santos, em concertos realizados na França, Inglaterra e Portugal, executa a Pequena suíte para violão que Radamés lhe dedica, em 1985. Em 1989, Turíbio grava a obra para a PR Discos, Rio de Janeiro. Esta pode ter sido a última obra original composta por Radamés, visto que é o título mais recente que consta no arquivo particular do compositor.
1988
- Morre Radamés Gnattali, em 03 de fevereiro, aos 82 anos. Seu corpo é velado no hall do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e depois levado para o cemitério São João Batista, em Botafogo [1].
Jornal do Brasil (RJ), 04/02/1988 >
Por Luiz Paulo HortaSinfonia Popular nº 1
II – Lento com fantasia (trecho)
Orquestra Sinfônica Brasileira
Claudio Santoro, regente
[ Selo Festa – Irineu Garcia -LDR5021 ]- Em 11 de fevereiro, realiza-se um concerto no Teatro João Caetano, organizado pelo poeta, compositor e escritor Hermínio Bello de Carvalho – Obrigado Radamés – Tributo a Radamés Gnattali. Participam do encontro vários músicos, amigos e admiradores do maestro.
- O Festival Villa-Lobos, de 1988, é dedicado à memória de Radamés Gnattali, com execução de várias de suas obras, ao longo de seis concertos.
- Em 05 de outubro é promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil. O país volta à normalidade democrática.
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- [1] Fonte: Hemeroteca da Biblioteca Nacional – Jornal do Brasil, 04/02/1988 < Um gênio da música total > Textos de João Máximo e Luiz Paulo Horta.